sábado, 2 de janeiro de 2016

Rumo ao Fim do Mundo Ushuaia Patagônia Argentina

Visitravel volta a estrada com um roteiro imperdível mochilão até o "fim do mundo" em Ushuaia na Pagônia Argentina. A viagem começa no Uruguai, passa por Buenos Aires e chega na Terra do Fogo no local mais ao sul do mundo, Ushuaia. Postarei todas dicas, preços, históriad e descobertas.
Vem com a gente!?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dança do Mochilão

Essa dança, matava os turistas de rir devido o fato de dançarmos loucamente sem música de fundo enquanto a gravação era feita por uns 10 intermináveis segundos. A altitude é terrível!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

4° Dia - Vale das Rocas, Árvore de Pedra e Lagunas


Cinco horas da madrugada do dia 04 de Janeiro, todos de pé, mochila arrumada, tomamos nosso café da manhã nos despedimos de todos e esperamos por Willi para mais um dia no deserto. Tiramos algumas fotos à frente de nossa hospedagem onde o sol surgia detrás de um rochedo enquanto ao longe víamos vários  automóveis seguindo pelo salar.

A ansiedade era grande e queríamos matar nosso motorista que demorava muito. Ganhamos a estrada por um bom tempo, pedimos ao guia para colocar nossas músicas pois a dele já estava dando sono na gente, suas canções eram aqueles sons andinos de flautas de bambu. Na paisagem observamos muita alpacas e vicunhas e dentro de poucas horas chegamos ao vilarejo de San Juan. Foi uma parada até rápida, onde encontramos uns brazucas do Paraná e tiramos uma foto com a bandeira brasileira, contamos experiências até ali e roteiros futuros de cada um. Tiramos também algumas fotos em uns belos cactos e enfim comprei a bendita manteiga de cacau. Nossos lábios estavam "destruídos"! Mais uma garrafa de wisky "Daboubí" foi adquirida, conversamos com o bicho grilo Leonardo e descobrimos que ele fez o mesmo trajeto que nós, porém de ônibus, de Sta Cruz de la Sierra a Sucre. Ele dispunha de mais tempo e retornaria da fronteira com o Chile, seguindo para La Paz. Seu objetivo era ver a posse do presidente boliviano Evo Morales que seria no dia 22 de Janeiro de 2015.
San Juan- Vilarejo
Poeira, muita poeira, música, contos e chegamos a uma fronteira com o Chile que não seria ainda a definitiva. Mas a paisagem era excepcional além de uns trens de madeira abandonados que davam aquela pinta de velho oeste de filme americano onde tiramos diversas fotos, avistávamos um vulcão que em sua borda lateral e não centro, expele uma fumaça (segundo Willi desde 1978  sai enxofre dali). Seguimos em direção a ele ao som de Zezé di Camargo e Luciano (eles adoram nosso sertanejo, seja ele brega ou universitário), cantarolamos gravamos vídeos, e minutos depois estávamos no Vale das Rocas, também chamado Vale de la Luna por sua semelhança com as crateras lunares. E tome foto! Sem palavras pra definir quão belas são aquelas formações geológicas esculpidas pelo vento durante milhares de anos. O tempo passou rápido e a hora do almoço se aproximara, após meia hora ali, seguimos para uma local com outras lindas rochas e uma laguna onde seria a parada para o almoço. Enquanto tirávamos fotos  os guias dos três carros preparavam o rango. A paisagem novamente era exuberante, contrastava o céu azul refletindo na laguna, as rochas com um tom avermelhado e em meio a elas havia uma, forrada de musgos com um verde vivo bem marcante. Nos encontramos com as peruanas pela última vez, por algum motivo elas retornariam dali. 
Fotografamos nossos pratos e Wilton observou algo que marcaria e renderia a principal história da viagem. Os motoristas estavam enchendo a cara de bebida. O nosso era o mais cauteloso eu diria, só deu uma bicada e não gostou. Começava ali uma série de visitas a lagos e lagunas. Perdi as contas, mas foram muitas e obviamente nos fartamos nos registros fotográficos. Laguna Blanca, Laguna das Ondas, Laguna Cinza, a que me interessava era a Laguna Vermelha que ficou para o fim do dia. 

Laguna Vermelha
Nos outros carros estavam muitos gringos e uns poucos brasileiros quando nos dirigíamos para a Laguna Blanca houve um tumulto. Paramos e uma alemã assustada e chorando veio até nós. Dizia que o motorista de nome Javier havia dormido ao volante, saído da estrada, quase tombado a Toyota e eles não queriam mais ir com ele. Após muita discussão, um turista português que namorava uma brasileira de São Paulo-SP, assumiu o volante. Restava ainda o motorista do outro carro que não me lembro o nome, mas o apelidamos de "Cara Torta". Ele assumiu nosso carro por uns poucos minutos e Willi o dele por ter mais experiência. Com pouquíssimo tempo ao volante o Cara Torta saiu da estrada bem de leve, nada comparável ao que houvera acontecido no outro carro. Foi o bastante para o pessoal se revoltar, Marcela mandou um xingamento em italiano (ela queria xingar em español) quase agrediu o motorista. Eu estava na janela e embora tenha visto a barbeiragem não achei tão grave assim, mas o pessoal tava assutado e com razão. Alí descobrimos que no nosso pacote estava escrito nas letras miúdas do contrato, "com emoção". Na verdade foi com perrengue, pois ainda teríamos mais indisposições. Foi ruim? Longe disso, essas coisas acontecem e sabemos que nada está tão ruim que não possa piorar, segundo a Lei de Murphy. Marcela pedia pra eu não falar isso, mas em 2013 eu tive infecção intestinal, tomei 2 litros de soro num posto médico em Machu Picchu e ainda me cobraram 210 soles peruanos (cerca de R$200 que ficou por 60 reais). Sim, poderia piorar.  

Foi quando Willi nos disse que para entrar na Reserva  da Fauna Andina teríamos que pagar 150 Bol$ (uns 70 reais). Estava criado ali o pior clima da viagem. A tia da agência que nos vendeu o pacote com 3 dias, nos omitiu essa informação (outros grupos nos disseram que foram informados desse valor) e nos negamos num primeiro momento a pagar, não era o ideal voltar dali, só restou a alternativa de pagar, a muito contra gosto é claro. Assinamos uns papéis, mostramos nossos documentos e recebemos um ticket da Reserva Nacional da Fauna Andina. Aquele local era certo de fazer a dancinha, ir lá na sua margem ver os flamingos rosados, ninguém quis, o clima estava tenso. Sabendo da importância e beleza do local eu mais uns poucos tiramos algumas fotos. Seguimos então para a Árvore de Pedra que localiza-se no deserto de Siloli. Amigos nem a neve que pegamos no dia seguinte foi tão frio e doído quanto ali. Estávamos sem Soroche para a altitude, mascar folha de coca pouco resolvia e muitos sentiam os efeitos da altitude. Dos três veículos, somente nós descemos para fazer a dancinha e outros dois do outro carro. O vento ali era muito frio e forte, nossas roupas não eram apropriadas (ali tem que estar usando um bom "corta vento" de tactel), por outro lado aquela rocha é gigantesca e marcante, mereciam todas as fotos possíveis. Gravamos a dancinha com a ajuda de um russo muito gente boa e chegamos exauridos, acabados dentro do carro. A pele doía, a minha cabeça parecia querer explodir, Weberti estava branco (tomem o Soroche não se esqueçam!), foi punk mas superamos, alguns minutos depois melhorei. A noite já estava se aproximando, a temperatura caiu absurdamente e viria a saga por buscas de locais para dormir. Com muito custo, encontramos um local, e acreditem, só haviam 6 camas para 12 pessoas,  mais discussão... Outro momento tenso, fiquei nervoso, discuti com Marcela que com razão afirmava que havíamos pago e não deveríamos passar por aquilo. Eu tentava fazer a política da boa vizinhança, acalmar a situação até que estourei. Peguei o dinheiro referente a hospedagem e dei a ela, num sinal de que se o problema era a grana, ela estava reembolsada. Não resolveria discutir ali, só pioraria a situação, ela não aceitou falou que dinheiro não estava em questão. Foi tenso gente. Os ânimos foram se acalmando e concordamos em dormir 2 pessoas em uma cama de solteiro. Só foi possível esse acordo porque o brasileiro é muito maleável, os bolivianos sabendo disso aproveitaram-se de nossa nobreza, teve uma paulista que quebrou o pau e não aceitou a situação, dormindo sozinha numa cama em outro quarto, alegando não ter dormido direito na noite anterior por conta de uns brasileiros que ficaram até tarde de papo, música e etc, atrapalhando o sono alheio. Imagine um quarto com 6 camas mais as mochilas e 12 pessoas. Foram muitas piadas sobre a situação mas não teve outro jeito.

Wilton desmaiou de sono e cansaço e não quis saber de janta, novamente não rolou banho... O frio era congelante. Jantamos, contamos histórias e conhecemos um italiano e uma espanhola foi um papo bem agradável. Muita gente dormiu cedo, antes das 23:00h. Estava muito, muito frio. Terminava ali mais um dia, o mais tenso de todos. Seria a história mais contada sempre que alguém falava em perrengue.  Mas muita coisa boa estava por vir.
ZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZ





















Árvore de Pedra



Laguna Vermelha








quarta-feira, 22 de abril de 2015

3° Dia - Salar de Uyuni e Hotel de Sal

O dia amanheceu ensolarado, porém frio em Uyuni. Tomamos um bom café da manhã, e logo após saímos e trocamos uns poucos reais o que foi uma má escolha por dois motivos: O câmbio do dia estava péssimo e a tia responsável por nosso tour, afirmou que não precisaríamos de muito dinheiro e isso acarretou problemas, pois ficaríamos  quase 3 dias sem poder trocar dinheiro. Fomos ao comércio local compramos, água, biscoitos, (Daniel comprou um vinho e amendoim... estranho isso, não?), Red Bull (energizante) e um Whisky com um W grande no rótulo (no Chile aprendemos seu nome "dabôubí") por 40 Bol$... Sim, era horrível!
Esquecemos de comprar o Soroche e ele faria muita falta. Fomos amadores aquela altura do campeonato, faltou também manteiga de cacau para os lábios, ela é algo indispensável.Troquei 150 reais, os outros cambiaram algo em torno disso, e por fim, tem gente devendo real até hoje nesse empresta de cá e paga de lá. Cada um de nós levou uma "doleira", algo tipo uma pochete com compartimentos bem fina, presa ao corpo, para guardar documentos, dinheiro e pequenas coisas.

Dica: Ande seguro, tenha sempre a moeda local em mãos, poucos lugares aceitam dólar na hora que você mais precisa. Não tenha medo de perder grana nas casas de câmbio. Uma coisa é certa, você tomará prejuízo em algum momento, o câmbio oficial ou paralelo tem que lucrar em cima de alguém. Com o dólar  é mais garantido, mas o prejuízo já foi tomado lá atrás quando trocou seus reais pela moeda americanaSe voltasse hoje lá novamente, iria com dólar sem dúvida.


As 10h da manhã começaria nossa aventura verdadeira (ou perrengue em boa parte). Wilton foi até a agência e chegou no carro que comportava 7 pessoas, nos buscando na porta do hostel. Conhecemos o motorista, o Willi. Ele seria também nosso guia. Willi colocou nossas bagagens em cima do carro, combustível para os 3 dias, comida e água. Esses "autos" como eles chamam, são carros 4x4 da Toyota e devem aguentar o tranco nos terrenos acidentados do deserto, do salar e dos vilarejos por onde passamos. 

Partimos enfim para o salar! A primeira parada prevista é bem perto do centro da cidade. No meio do caminho tivemos que retornar à agencia para pagar uma taxa de 12 Bol$, que até hoje não sei do que se trata, com a promessa de que não pagaríamos mais nada, nadica de nada...


Chegamos ao Cemitério de Trens e Willi nos explicou toda a história do local e nos lembrou que teríamos 45 minutos para tomar fotos. 
Aquele cenário é algo indescritível, sempre falei que se tivesse uma banda de rock, lá seriam tiradas as fotos para o álbum.
Começava ali uma série de dancinhas malucas que vi no youtube, de uns mochileiros que por lá estiveram. A dança consistia em fazer doideiras em cada local marcante da viagem, se mexer loucamente, usar e abusar da criatividade e assim que editássemos colocaríamos uma música de nosso gosto (as danças eram gravadas sem som algum). Revirei na net e não achei o vídeo com a ideia original dos que fizeram a dança, com uma mescla de músicas de Jorge Benjor na voz do Sambô. Se alguém encontrar, poste o link aqui nos coments, no meu face, ou email. Sempre vou lembrar que a ideia foram deles e também quero parabenizá-los por tornar nossa viagem mais alegre ao repeti-los. Pedíamos sempre um turista para filmar a paisagem vazia, depois entrávamos "dançando", saíamos e a paisagem continuava vazia por alguns segundos. Ao final dos relatos posto o vídeo completo. Tá bom. Pros curiosos deixo o link  do vídeo aqui.
https://youtu.be/9-m9VTk1db8






Uma hora depois, num sol infernal, (do protetor solar não esquecemos) nosso guia apareceu e seguimos para o vilarejo de Colchani, que conta com museus, comércios locais, e uma fábrica de sal artesanal. Compras, fotos e mais fotos depois, já era a hora de almoçarmos. Foi razoável o almoço eu diria, dietas foram embora, pois os almoços e jantas eram sempre regados a refrigerantes (gaseosas). Turistas de dois outros carros que estavam nos acompanhando, almoçaram juntamente conosco, descobrimos ali que estávamos em comboio. Faltou então salmão desfiado para todos. Tiveram que fazer um pouco mais o que atrasou o regresso. Encontramos cerveja Brahma lata no local de almoço e mesmo quente, tomamos só pra relembrar do Brasil. 

Seguindo a viagem, sacamos fotos nos Montões de Sal, nas células de sal ou hexágonos, no monumento/símbolo do Rali Dakar de uns 5 metros de altura, feito com blocos grandes de sal e num local onde ficam as bandeiras de vários países. Fábio deixou sua doleira cair lá em cima do monumento, ela estava ao lado de um buraco imenso e se tivesse caído nele, jamais saberíamos onde procurá-la, e por sorte, muita sorte,  Wilton viu, perguntou-lhe sobre sua doleira (Fabio olhou para a cintura e pensou: f*deu) e lhe entregou. As fotos naquele local foram épicas. O salar de Uyuni é marcante. Katie afirma que foi a melhor parte do passeio.



Um dos atrativos do Salar é saltar e tirar fotos como se estivesse no ar, segurar o colega na palma da mão, beijar o sol e etc... Tentamos. Outro ato que não foi possível, seria tirar fotos que refletissem na água, mas não chovia naquela região há tempos, mesmo sendo a época das chuvas. Restava ainda tirar fotos com os dinossauros de brinquedo que os guias sempre levam. Esse passo ficou para a Isla del Pescado ou Ilha de Incahuasi. Andamos um bom tempo até chegar lá e o motivo desse nome (pescado) pudemos ver ao avistá-la de longe. Ela com muito boa vontade, lembra sim um peixe. 
O fato de ficarmos sempre por último e chegarmos atrasados, chateou o grupo, o clima não era dos melhores pois o cansaço batia também. Não quisemos pagar uma quantia para visitar a Ilha pela frente onde tem lindos cactos históricos de até 12 metros e umas informações sobre corais e conchas da época que aquele local fora oceano tempos atrás, e põe tempo nisso!
Fomos até a parte de trás da ilha e tiramos fotos com cactos. Depois partimos para as fotos de efeito, com biscoito, lata de feijoada, dinossauros, pacote de amendoim. Isso requer habilidade e experiência, algumas fotos até ficaram boas mas a maioria foram pra lixeira. Você tinha que deitar no chão, procurar o foco, e ser criativo. Alguns guias tem essas técnicas e fazem isso para os turistas, não era o nosso caso. Novamente fizemos mais uma parte da dancinha. Durava de 10 a 15 segundos apenas cada performance, isso era o bastante para ficarmos exaustos com os efeitos da altitude sobre nossos nossos corpos. Após mais um chá de espera o comboio partiu para nossa hospedagem noturna em um hotel de sal. Eu já sabia que quem chega tarde pega os piores lugares, isso se conseguir pegá-los. E foi batata! Começamos a rodar procurando hospedagem, que teoricamente já estaria pré-agendada
Willie nos levou para uma hospedagem bem legal por dentro, mas ali não era o nosso, era o de outras pessoas. Isso daria problema mais a frente. Ficamos em dois quartos com 7 camas, sendo duas separadas, colocamos as mochilas ao lado das camas e aguardamos a janta. A "família" não tinha outra coisa a fazer, senão conversar. Não havia internet, celular só servia pra ver a hora. Começamos ali um Big Brother, brincamos de eliminar um da equipe, apontando os motivos. O papo era sempre clichê, do tipo: Eu não tenho nada contra a pessoa, mas por afinidade e coisas do tipo, vou mandar para o paredão. Katie me eliminou só porque eu constantemente limpava o nariz digamos, de um modo não muito convencional. Àquela altura estávamos todos com os narizes sangrando (nada pra se alarmar, faz parte) devido ao clima seco e frio e com os lábios muito rachados. Rimos e lembramos dos micos, experiências e sempre aguardando pelo novo. E por falar em novo, Weberti, um jovem estudante de engenharia, com 19 anos realizava ali algo que só consegui após minha independência financeira. Conhecer a cultura andina, viajar três países numa tacada só em 16 dias. Que rapaz de sorte!
O banho noturno custava 10 Bol$, o frio era de doer os ossos. Uns poucos do grupo tomaram banho. Eu não tomei. Parabéns pra quem o fez. Era preciso cautela com aquela temperatura quase negativa. se 10 ali tomaram banho foi muito. 
Sentamos à mesa e a entrada foi uma sopa água temperada, mas estava quentinha. O prato principal foi sopa de pollo (frango) desfiado, com macarrão e pães de acompanhamento. 
Após a janta interagimos com um grupo de brasileiros que hospedou-se conosco e alguns mochileiros de nacionalidades diferentes como: Russos, portugueses, alemães entre outros. Um casal de brazucas de Belo Horizonte-MG, gente boníssima, levou seu violão e demos uma arranhada, Leonardo seu nome. O apelidamos de "bicho grilo mineiro".
Havia um grupo de peruanas da capital Lima, que conhecemos e trocamos relatos, eram: Vanessa Merino, Carolina Mendoza, Fiorella Chávez, Yohanna Narvaez, Joselina Leyva e Alejandra Farfán. Elas iriam até a divisa com o Chile no Atacama e voltariam seguindo para La Paz. Essas chicas aprenderam um pouco de nossa cultura, estavam sempre perguntando sobre o Brasil (carnaval e Rio de Janeiro). Para os gringos nosso estado é desconhecido e a referência era cerca (perto, próximo) ao Rio de Janeiro.Também tiramos algumas dúvidas sobre o Peru, (Nasca,  Cusco e Machu Picchu) onde passaríamos alguns dias também. Gravamos mais um trecho da dancinha, tocamos algumas músicas, "gastamos" o español após duas doses de wisky com energizante. Pero que sí, pero que no, pero que mucho... Bebemos o vinho de Daniel que ele nem viu. Foi uma das melhores noites, simplesmente pelo fato de não haver internet, onde o diálogo que era o que restava (embora deva ser o foco), foi primordial para nos conhecermos e lidarmos com culturas e idiomas diferentes.
Cada grupo que conhecíamos, convidávamos para vir ao Brasil. O carnaval se aproximava, e se todos que convidamos realmente viessem, a casa de Wilton viraria um albergue e Marataízes receberia a maior visita de estrangeiros de toda sua história. Do motorista ao cozinheiro, passando pelos mochileiros diversos que dialogávamos. Tratou Wilton bem, interagiu. Pronto. Já estava convidado à nossa terrinha! O convite continua aberto. Despues, partiu cama. O dia seguinte seria longo.